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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A reconciliação - Reflexão para o natal

Jesus o nosso bem maior
A RECONCILIAÇÃO
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2 Co 5.18,19). Reconciliar, restaurar, unir, juntar, religar é algo necessário na vida do ser humano. Temos necessidade de nos reconciliar com o cônjuge, filho, pai, mãe, irmãos, amigos, vizinhos. É comum encontrarmos pessoas que carregam ira, rancor, ódio, raiva, dor, amargura por toda a vida, porque um dia foram ofendidas e essas feridas que, outrora, foram abertas as aprisionam no passado e elas não conseguem perdoar e nem se perdoarem. Devido a isso, existe um abismo que os separa, que os mantém distante, longe uns dos outros. Por este motivo, a reconciliação é fundamental para uma vida feliz e harmônica. Contudo, existe uma reconciliação ainda mais necessária e importante para cada ser humano. É a reconciliação com Deus. “Pois todos pecaram e destituídos (separados) estão da glória de Deus” (Rm 3.23); “Mas os nossos pecados e as nossas iniquidades fazem separação entre nós e o nosso Deus” (Is 59.2). Esse rompimento com Deus se dá devido ao nosso pecado. E existe somente um meio que pode nos reconciliar com Deus, Jesus Cristo, pois “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feito justiça de Deus” (2 Co 5.21). Deus estava em Cristo nos reconciliando, nos conduzindo para si novamente, “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3.18). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). A reconciliação é possível “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). O Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus. Sem Jesus não há reconciliação, sem Jesus não há salvação, sem Jesus não há celebração. Mas agora, “Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Quando entendemos, cremos e confessamos essa verdade estamos aceitando a reconciliação, outrora, já doada por Deus através de Cristo. Pois, “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.10). Que neste natal possamos celebrar a reconciliação com Deus através de Cristo. Uma vez religado a Deus, perdoemos também os que nos ofenderam e tenhamos comunhão uns com os outros, porque “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133.1). Um FELIZ NATAL!!! Por: Ildinho Lopes

domingo, 3 de junho de 2012

Análise e Comentário de II Coríntios 4:12 “De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida”. No capítulo 3, Paulo estava falando acerca do seu ministério e da glória do ministério que lhe fora confiado por Deus. Ministério esse que traz vida, transformação, justiça e mudança de caráter de todos os que crêem no Evangelho. No capítulo 4, Ele explica o caráter do seu ministério e como ele conduz a sua vida e proclama o Evangelho, focalizando e instruindo que o alvo principal do seu ministério é que Cristo é o Senhor. Fica explícito nos versos 10 e 11, onde Paulo fala acerca de experimentar a vida e a morte de Jesus em seu próprio corpo, de maneira concreta. Uma vez que ele era exposto diariamente a aflições, açoites e prisões via-se continuamente vulnerável a morte. Uma vez que o apóstolo proclama o Senhor crucificado e ressurreto descobre que o que é proclamado em sua mensagem também se torna exemplificado em seu corpo. Por isso, diariamente ele é submetido e levado a circunstancias que o leva para a morte, mas por outro lado, ele é constantemente sustentado, vitorioso, pela experiência pessoal, advinda da ressurreição de Jesus Cristo que opera em seu corpo mortal. Dessa forma, quando ele fala que em si opera a morte, ele está dizendo que é constantemente levado a morte por ser testemunha viva de Cristo, mas que portanto, opera diariamente a vida de Cristo em sua vida, não apenas como instrumento de sustentação ou de consolo, mas também em que o Senhor vai operar por meio dele gerando vidas a outras pessoas. Portanto, enquanto ele se expõem a morte, as pessoas que crêem no evangelho ganham a vida.

domingo, 8 de abril de 2012

JAMAIS PERCA A ESPERANÇA

“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hebreus 10:22-23) A esperança é uma expectativa confiável. É a espera de algo que se deseja muito. Essa esperança bíblica, como expectativa confiante, é possível, não importa os temperamentos ou as circunstâncias, quando ela é depositada no Deus vivo que intervém na vida do homem, pois Ele é digno de confiança e, por isso, manterá as suas promessas. Essa esperança significa tanto o ato de esperar (permanecermos em prontidão e expectativa), quanto o que se espera (que é a manifestação real daquilo que aguardamos). Por isso, a esperança genuína não é pensamento fantasioso, história da carochinha, mito ou utopia, mas uma firme segurança em algo não visível e ainda futuro. Essa esperança vem de Deus e, portanto, é inseparável da fé. É isso que o autor aos hebreus está dizendo, quando ele fala que devemos chegar em “inteira certeza de fé”, e “retermos firmes a confissão de nossa esperança”. Ou seja, devemos segurar com mãos fortes, com confiança a esperança, para que assim não venhamos perdê-la, uma vez que ela irá se concretizar, pois Fiel é o que promete. Pois a Esperança é um fato. Portanto, não deve haver variações de dúvidas de que o acesso será obtido, que a promessa será cumprida. Aqui o autor não somente é claro quanto à possibilidade da plena certeza, como também toma por certo que ela está presente em todos os adoradores que fazem uso desse “novo caminho”. Pois a esperança é manifesta em atos concretos, “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos” (Jó 14:7). Ainda que a árvore seja cortada, não estará totalmente destruída, mas brotará e não cessarão os seus renovos. Muitas vezes nos encontramos como árvores caídos ao chão, cortadas, totalmente desperançosos e sem expectativa, no entanto, devemos continuamente esperar em Deus, pois a sua justiça e amor nos renovará. Pois a esperança além de ser manifesta em atos concretos também é um fato firme. Uma vez que foi o próprio Deus que por meio do seu Espírito derramou sobre os nossos corações a sua esperança para que não sejamos confundidos por coisa alguma. A esperança é a certeza da vitória, por isso que devemos reter firmemente a confissão da nossa esperança, pois o nosso Deus responde a todos que tem esperança, assim como fala o salmista: “Esperei com paciência (esperança) no Senhor, Ele ouviu o meu clamor e se inclinou para mim” (Sl. 40:1). Essa esperança que se torna real quando permanecemos em prontidão e expectativa, faz não só com que Deus nos ouça, mas também responda aos nossos anseios. É por isso, que a esperança em Deus é motivação para alegria e regozijo, pois ele nos enche de vida e livra nossa alma da morte. Portanto, bom é esperarmos em Deus, bom é depositarmos nossa confiança nEle. Com Deus a vitória é garantida, sem Deus não passa de mera possibilidade. Uma vez que a esperança é o cumprimento das promessas futuras, como nos diz: “...pois fiel é o que vos prometeu...”. Toda a epístola olha para o futuro e oferece glórias do porvir que brilham mais do que as glórias do passado. Por isso, a exortação é feita para que agarremos com firmeza essa confissão esperançosa, uma vez que o homem sem esperança não passa de um ignorante e egoísta sem expectativas de algo posterior superior a tudo que se vive nessa terra. Creia que a esperança não será frustrada, uma vez que existe um final feliz para aqueles que esperam em Deus, pois a sua esperança, será concretizada com o cumprimento das promessas de Deus. A nossa esperança deve está fundamentada e alicerçada sobre a graça de Deus mediante a fé, que é garantia da salvação de nossas almas. Ela está disponível gratuitamente a todos que quiserem e se submeterem a ela. Uma vez feito isso, teremos pleno gozo na manifestação da glória de Deus. Portanto, é comem em determinadas situações tendermos a depositar a nossa esperança (confiança) em coisas vãs que não nos garante segurança e nem certeza de realização de nossos desejos. Confiamos em nossa instabilidade financeira, nossa influência social, nossa força.... Mas o profeta Jeremias diz: “maldito o homem que deposita sua esperança no homem e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor” (Jr. 17:5). Essa esperança é vã e maléfica ao próprio homem. No entanto, devemos hoje seguir a instrução que a Palavra do Senhor nos ensina, retendo firmemente a nossa confiança em Deus, porque Ele sim é poderoso e Fiel cumpridor das suas promessas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SOMOS JUSTIFICADOS MEDIANTE A FÉ EM CRISTO JESUS ROMANOS: 3:21-5:21

Se um homem fracassou na obtenção da justificação, e se a justificação é necessária diante de Deus, então como podo o homem obter essa justificação? Como Deus pode ser justo quando Ele absolve um homem e o declara justo? Paulo irá nos mostrar nessas passagens que serão analisadas, como o Soberano e Eterno Deus age na justificação do homem pecador. Veremos que Paulo apresentará a justificação ocorrida desde os primórdios bíblicos, fazendo uso de personagens como o patriarca Abraão e o monarca Davi, homens que entenderam a maneira como Deus justifica a todos os homens. Não mediante méritos humanos, mas mediante a sua graça redentora, por meio da fé. Esses e outros fundamentos bíblicos são apresentados por Paulo, a fim de demonstrar à verdadeira e genuína justificação. Como pode o homem se apresentar correto diante de Deus? Como pode sentir-se tranqüilo e em paz perante a vontade do seu Senhor? Como pode o homem escapar ao sentimento da alienação e medo na presença de Deus? O judaísmo afirmava que isso era possível por meio do cumprimento das Leis. Se alcançasse essa proeza, então o homem chegaria a estar bem com Deus. No entanto, afirmarmos isso chega a ser hipocrisia, pois ao homem é impossível cumprir todos os mandamentos da Lei. Pelo simples fato do homem ser uma criatura imperfeita não pode alcançar uma obediência perfeita. As escrituras sagradas, no entanto, nos ensinam um meio, único por sinal, ao qual somos perfeitamente justificados diante de Deus com plenitude e totalidade. Paulo mostra que a justiça concedida por Deus é sem Lei no sentido de que não é uma justiça merecida ou adquirida pela guarda da Lei. Sem a lei a justiça de Deus se manifestou, “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas” (Rm. 3:21). Assim, esta justiça é realizada por meio de uma causa eficiente e eficaz, a fé, que tem por seu objetivo, Cristo. A única coisa exigida por Deus é a confiança e apenas a confiança. A justificação provém de Deus, demonstrando dessa maneira a iniciativa salvadora que ele tomou a fim de conceder aos pecadores a condição de justos aos seus olhos. A justiça maravilhosa de Deus dá acesso a todas as pessoas, pois todos os homens são pecadores diante de Deus e, portanto, necessitam da justificação realizada por Ele. Não são necessários muitos esforços humanos, basta crer nEle mediante a fé. A justificação que provém de Deus abrange uma combinação de três elementos axiomáticos: o caráter justo de Deus, a sua iniciativa salvadora e a sua dádiva (graça), que consiste em conferir ao pecador a condição de justo diante de Si. A justificação não é o mesmo que perdoar ou desculpar, nem tampouco é o mesmo que santificar. Justificar é considerar ou declarar justa uma pessoa e não torná-la justa. A declaração de justiça de Deus é ao mesmo tempo e no mesmo ato, tornar justo. Essa justiça só é possível, por meio, da graça de Deus, “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm. 3:24). Uma verdade fundamental que existe no evangelho da salvação consiste em que a iniciativa da salvação deve-se, do início ao fim, a Deus o Pai. Com certeza, nós não tomamos a iniciativa, pois éramos pecadores, culpados e condenados, sem saída e sem esperança. Por isso, Deus é a fonte primária da nossa justificação, mediante a sua imensurável graça. Muitos se perguntam por que um Deus justo pode declarar justo um injusto, sem comprometer a sua própria justiça nem condescender com a injustiça deste? Deus nos responde por meio da Cruz. Sem ela, a justificação do injusto seria injusta, imoral e, dessa forma, impossível. A única razão pela qual Deus justifica o ímpio é que Cristo morreu pelos ímpios. Só porque ele derramou o seu sangue numa morte sacrificial por nós, pecadores, é que Deus pode justificar justamente o ímpio. Dessa forma, o homem pode ser absolvido (justificado) porque Deus agiu. Ele providenciou a redenção (libertação) por meio de Cristo, libertação do pecado e suas conseqüências. Estar em Cristo é pertence-lhe e ser uma parte de tudo o que Ele tem feito e realizado por meio de Sua obra redentora. Essa obra é uma transação objetiva, um ato particular de Deus e necessário. Por isso, Deus expos Cristo publicamente como meio de propiciação em ou pelo Seu sangue. A morte de Cristo foi um ato que deve ser observado por todos. Mas o aspecto propiciatório – esse que propiciou o pecado – foi o de desistir de Sua vida. Isto se vê no fato de que o seu sangue foi derramado. Deus foi o ofertante. Cristo foi o sacrifício. Portanto, quando Paulo afirma que a salvação é mediante a fé é outra maneira dele dizer que a justificação é somente por Cristo. A fé é o olho que contempla, a mão que recebe a sua dádiva gratuita, a boca que bebe da água viva. A fé abrange nada mais que a jóia preciosa que é Jesus Cristo. No capítulo 3:21-26 vimos que Paulo estava falando da grande Salvação proporcionada por Deus mediante a fé em Jesus Cristo, que justificou ao homem pecador por meio do seu próprio sacrifício. Agora dos versos 27-31, Paulo prossegue falando sobre os resultados da Obra salvadora de Deus em Cristo na cruz. Paulo sustenta que a jactância está excluída. Como? Por que a Lei? Por que tipo de sistema, princípio, código ou norma poderia a jactância ficar excluída? Das Obras? É certo que não. Tal sistema agrega o orgulho. Antes, é por meio da lei da fé. Uma vida centralizada nas obras é uma vida centralizada no ego. Mas a Lei ou código de Fé produz uma vida centralizada em Deus. O Senhor é aquele que declara os homens justificados. Ele é o Deus, tanto de judeus como dos gentios. Ele declara que os judeus são justificados por causa da fé, e os gentios mediante a fé. Nos dois, a fé é a causa da declaração de Deus. Assim, ambos, judeus e gentios, encontraram aceitação com Deus da mesma maneira – através de uma submissão pessoa a Ele, uma confiança pessoal nEle. Essa afirmação de justificação não é algo novo para os judeus. O objeto da fé para Paulo era Cristo. A explícita apresentação da fé em Cristo Jesus como meio de justificação torna a nova aliança uma aliança eterna. Mas a velha aliança já trazia em si o princípio da justificação pela fé. Por isso, Paulo no capítulo 4 usa o exemplo de Abraão pai dos judeus e também dos gentios por meio da fé. Paulo apresentou o seu evangelho da justiça de Deus, isto é, da justificação pela fé (Rm 3:21-26); em seguida, defendeu-o contra os que criticavam (Rm 3:27-31), enfatizando, ao fazê-lo, que esse evangelho é atestado pelas Escrituras do Antigo Testamento; agora, o apóstolo busca no Antigo Testamento um exemplo que sirva de precedente. Para tanto ele escolhe Abraão, o mais ilustre dos patriarcas de Israel, acompanhado de Davi, o mais ilustre dos seus reis (Rm 4:1-25). Paulo esclarece ainda mais o significado da justificação pela fé. Ele usa o que a Escritura diz sobre Abraão e Davi para elaborar a significância das duas palavras: “justificação”, em termos da concessão de justiça ao injusto; e “fé”, em termos de confiar no Deus da criação e da ressurreição. O apóstolo quer que os cristãos judeus entendam que o evangelho da justificação pela fé que ele anuncia não é nenhuma novidade, tendo sido proclamado anteriormente no Antigo Testamento. Abraão e Davi mostram que a justificação pela fé é o único meio pelo qual Deus garante a salvação, dado por ele primeiro no Antigo Testamento e depois também no Novo, e, em segundo lugar, tanto para os judeus como para os gentios. Abraão cria ou confiava em Deus. A crença ou confiança lhe foi imputada para justiça. Confiança constante ou entrega a Deus é o primeiro e único requisito do homem, que é justificado. Para os judeus isso era um escândalo de proporções não desprezíveis. Não podiam aceitar que Deus pudesse absolver um homem culpado, ímpio. Porém, tal confiança mostra que o homem já não é mais um indivíduo sem Deus, mas antes uma pessoa que se entregou a tudo o que Deus é, a tudo o que Deus fez, e a tudo o que Deus fará. Quando Paulo diz que a fé de Abraão lhe foi creditada como justiça, quer dizer que a justiça lhe é concedida livremente, como uma dádiva gratuita e imerecida, pela fé. O apóstolo não pode estar ensinando que fé e justiça são equivalentes, e que na falta de justiça a fé é aceitável como um substituto. Isso faria da fé uma obra meritória e um joguete nas mãos dos rabinos, que achavam que a fé de Abraão era, na realidade, a sua “fidelidade”. Se há uma coisa que está clara, é que o “creditar a fé como justiça” é uma dádiva gratuita, sem merecimento, e não um salário pelo qual se trabalhou, e que ela é dada, não a quem trabalha, mas a quem confia – ou melhor, para aqueles que confiam em Deus que, longe de justificar as pessoas por serem piedosas, na verdade justifica-as apesar de serem ímpias. Paulo continua seu argumento, só que agora muda de Abraão para Davi. Percebe-se que a linguagem de “crédito” mudou. Deus ainda é a pessoa que, em graça absoluta, efetua o crédito; agora, porém, o que ele deposita em nossa conta não é a “fé como justiça”, mas a própria “justiça”. O que Paulo tem em mente não se limita a uma única expressão ou a uma simples ilustração. Ele deixou claro que a justiça de Deus, que é revelada no evangelho, reside no fato de ele justificar justamente o injusto. Assim, ele mostra como Deus justifica o ímpio. Primeiro Deus nos credita fé como justiça; segundo, Deus nos credita justiça independentemente de obras; e, terceiro, Deus recusa-se a creditar os nossos pecados contra nós, mas, em vez disso, ele os perdoa e cobre. No versículo 9 ao 25, Paulo retorna ao exemplo de Abraão, agora relatando sobre a circuncisão ou a incircuncisão de Abraão. Afinal de contas, Abraão foi justificado antes ou depois da circuncisão? A resposta de Paulo é que ele foi justificado bem antes, pois a circuncisão serviu apenas como sinal e selo dessa justificação. Essa era uma marca distintiva, que separava Abraão e sua descendência como povo da aliança de Deus. Assim Abraão recebeu duas dádivas divinas distintas de Deus: a justificação e a circuncisão – nesta ordem. Primeiro ele recebeu a justificação pela fé, enquanto ainda era incircunciso. Depois recebeu a circuncisão como um sinal visível e como selo da justificação que já lhe pertencia. A ordem no caso de Abrão – fé e depois o crédito da justificação – torna inequivocamente claro que a justiça pode ser computada aos gentios que crêem, o fato da circuncisão ser um sinal de justificação concedida a Abraão por causa da sua fé, faz Abraão também o pai dos judeus, os quais – como ele – receberam a circuncisão, exerceram a fé, obtiveram a justificação concedida por Deus, e consideram a circuncisão como um sinal desta fé e justificação. É por isso, que justificação é pela graça mediante a fé, ou pela fé de acordo com a graça, afim de que a promessa seja garantida a toda a descendência de Abraão; não apenas aos que estão sob o regime da lei, mas também aos que têm fé que Abraão teve, isto é, todos os crentes, sejam eles judeus ou gentios, que pertencem à linhagem espiritual da fé. A lei divide. Somente o evangelho da graça e da fé pode unir, abrindo porta para os gentios e igualando todo mundo aos pés da cruz de Cristo. Portanto, todos os crentes pertencem à semente de Abraão e são, herdeiros da promessa de Abraão. Continuando o raciocínio, o apóstolo Paulo no capítulo cinco, o inicia, nos apresentando as conseqüências da justificação. A primeira delas é que temos paz com Deus. Este é um estado objetivo para aquele que é declarado justificado. Assim, a obra redentora de Cristo forneceu uma expiação, uma cobertura para o pecado daquele que foi declarado justificado pela fé. Além de termos paz com Deus, permanecemos firmes na sua graça. Há uma comunhão. A maravilha de ser declarado justificado consiste nesse acesso aberto à presença de Deus. Por isso, nos gloriamos na esperança da sua glória e até mesmo nos gloriamos nas tribulações, pois sabemos que o resultado disso tudo será a esperança gerada em nossos corações por meio do Espírito Santo de Deus, através do seu imensurável amor. Amor esse provado, no fato, de que Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores. Imaginemos o que ele faz por nós agora que fomos justificados por seu Sangue, seremos salvos da futura ira de Deus. A base da justificação é o Sangue de Cristo derramado em nosso favor. Portanto, devemos nos gloriar em Deus. Esse gloriar-se em Deus é uma atitude cristã de exutar que implica que nós não temos o mínimo direito sobre ele; pelo contrário, maravilhados ficamos com o fato de ter Cristo morrido por nós quando éramos pecadores e inimigos; e termina com a humilde confiança de que ele há de completar a obra que iniciou. Assim, exultar em Deus é gloriar-se não apenas em nossos privilégios, mas em suas misericórdias, não no fato de que ele nos pertence, mas porque nós lhe pertencemos. Por fim, Paulo apresenta um paralelo entre Adão e Cristo, embora com significados diferentes. Adão é o responsável pelo pecado e a morte e como “tipo daquele que haveria de vir”, isto é, Cristo. Depois Paulo contrasta Adão e Cristo ao afirmar que a obra de Cristo “não é como” a obra de Adão. Por último, Paulo diz que através de um só feito de um único homem (a desobediência de Adão ou a obediência de Cristo), muitos foram, ou amaldiçoados, ou abençoados (justificados). Assim, um único ato de justiça trouxe a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Somente mediante a graça por meio da fé em Cristo Jesus que somos verdadeiramente e plenamente justificados diante de Deus. É por meio de um único homem que somos inseridos perante Deus como justos. Não há nenhuma outra forma pela qual podemos se chegar a Deus e sermos nomeclaturados justos. Nenhuma caridade, nenhuma boa ação, nenhuma obra, nos capacita a apresentar-nos justificado diante de Deus. Somente o Sangue de Cristo derramado em favor de todos tem o poder justificador. “Portanto, agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:21-24)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Apóstolo Valdomiro Santiago provoca a indignação de pastores

O polêmico líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), provocou a indignação de pastores ao subir monte carregando carnê gigante Em um vídeo divulgado pela IMPD em seus programas na TV, Valdomiro sobe o monte São Roque, em São Paulo carregando um livro gigante em forma de carnê contendo os nomes dos fiéis que colaboram financeiramente com a igreja. A esposa do apóstolo e assessores acompanharam o líder até o cume do monte. Valdomiro em um determinado momento parou para descansar e derramou água sobre o joelho aparentemente inchado. Em seguida os líderes da IMPD aparecem orando pelos carnês que possivelmente serão enviados para os colaboradores. O vídeo polêmico provocou a indignação de diversos líderes e pastores cristãos que aproveitaram o dia 31 de outubro, que relembra a reforma de Martinho Lutero para criticar a atitude de Valdomiro e pedir que os cristãos reajam a essas heresias. O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, comentou em seu blog dizendo que viu “um vídeo tosco protagonizado pelo FALSO PROFETA Valdomiro Santiago que numa atitude absolutamente herética subiu a um monte com um carnê gigante “se sacrificando” diante de Deus a favor do surgimento de milagres. Pois é , o denominado “apóstolo” Valdomiro afronta o Deus Eterno através de ensinos que desqualificam tanto a graça como o sacrifício vicário de Jesus”. “Com dor no coração sou obrigado a confessar essa gente não têm pregado o evangelho do reino. Antes pelo contrário, o evangelho o qual estes têm pregado é humanista, megalomaníaco e antropocêntrico”, concluiu o pastor Vargens em tom de indignação. O blog Genizah, famoso por tratar o tema apologética com bom humor e irreverencia também comentou o vídeo: “O enredo é inspirado na via crúcis de nosso Salvador, no contexto, a via dolorosa acalentando a esperança aflita dos sem caráter, dos escravos da concupiscência, a quem coube serem seduzidos pelos filhos do diabo a defraudar o supremo sacrifício do Salvador”. Infelizmente essa é a realidade de muitos líderes evangélicos da atualidade. O pior é que muitas pessoas tem sido enganadas por charlatões e aproveitadores da fé de pessoas ingênuas e humildes, por falta de um conhecimento adequado da Palava de Deus. Que a injustiça e a impunidade seja denunciada e que aqueles que desviam o rebanho do Senhor paguem pelas suas obras más. A Bíblia diz: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". Mateus 7:21-23 Matéria adaptada do site: O Verbo

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pastor Nadarkhani está Livre da sentença de morte - 31 out 2011 IRÃ

Apesar da Embaixada do Irã ter anunciado que ele está livre da pena de morte, o seu futuro é incerto. Devemos continuar orando por ele.
O caso do pastor Yousef Nadarkhani, 34 anos, foi levado à Assembleia Geral de Assuntos Sociais da ONU. Ele foi condenado a pena de morte pelo governo do Irã, em setembro deste ano, com a acusação de ter abandonado a religião islâmica. A acusação é devido a conversão de Yousef ao Cristianismo, quando ele tinha 19 anos de idade. O representante do “Comitê de Assuntos Humanitários”, Ahmed Shaheed, pediu ao Governo do Irã que libertasse o pastor: “Estamos particularmente perturbados por uma recente decisão do Supremo Tribunal (do Irã) de ter sustentado uma sentença de morte para Yousef Nadarkhani, um pastor protestante que supostamente nasceu de pais muçulmanos, mas se converteu”. O pastor foi detido em 2009, quando tentava registrar a sua igreja na cidade. A Embaixada do Irã no Brasil informou que o pastor Yousef Nadarkhani está livre da sentença de morte, mas continua preso. Sua primeira condenação à morte aconteceu em 2010, mas a Suprema Corte do Irã interveio e conseguiu adiar a sentença. Ao ser revisto, o processo resultou na mesma condenação ao fim do sexto dia de audiência. O pastor pode ser solto caso se converta, mas ele se recusa a negar a sua fé. Apesar da Embaixada do Irã ter anunciado que ele está livre da pena de morte, o seu futuro é incerto. O Centro Americano de Lei e Justiça, ACLJ, informou recentemente que o Serviço Secreto do Irã estaria oferecendo livros e folhetos muçulmanos ao pastor, mas suspeita-se que a intenção não seja apenas de tentar convertê-lo, mas de fazer com que ele ofenda o Islamismo, para ter provas de que ele desrespeitou a religião oficial do país e executar a pena de morte. Outro caso de cristão executado por questões religiosas no Irã que teve repercussão mundial foi o do pastor da Assembleia de Deus, Hossein Soodmand, em 1990. O informativo de 2010 de Liberdade Religiosa no Mundo afirma que cerca de 350 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação, e 200 milhões destes correm risco de morte. FonteChristian Post TraduçãoLucas Gregório

domingo, 16 de outubro de 2011

Você é um Vocacionado?

“Vocação – Chamado: Critérios a serem avaliados em alguém que diz ser vocacionado ao ministério” O que é vocação? O que é chamado? Esses dois termos falam da mesma coisa ou possui conotação e significação diferentes? Compreender a representação de cada termo é fundamental para uma exposição coerente dos mesmos e da condição que somos colocados diante de Deus. A Bíblia afirma que “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 22:14), isso implica que o chamado é algo totalitário, ou seja, é universal. A vocação por sua vez, é algo específico e particular, da qual, o Senhor Deus, na sua infinita graça concede dons aqueles que dizem sim ao seu chamado, pois, “a vocação de Deus é irrevogável” (Romanos 11:29).
Sendo assim, o vocacionado por si mesmo deve transparecer o caráter daquele que o vocacionou e o chamou. Ele deve ser honesto, hospitaleiro, amoroso, misericordioso, empático, etc. Como diz em 2 Coríntios 3:18 “Nós com o rosto descoberto refletimos como num espelho a glória do Senhor...”. O verdadeiro vocacionado resplandece a glória do seu Senhor, lhe proporcionando gozo e satisfação. Por fim, o vocacionado não espera reconhecimento ou elogios da parte humana, pois a sua alegria está contida em fazer a vontade daquele que o chamou e o vocacionou. É dEle e por meio dEle que o vocacionado é recompensado. Por isso, muitas vezes, o vocacionado se sentirá impulsionado a desistir ou retroceder, mas não o faz por que sabe que no fim a sua recompensa é certa e valiosa. “Assim, queridos irmãos, sejam firmes, inabaláveis; façam continuamente progresso na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é inútil no Senhor” (1 Coríntios 15:58).

domingo, 9 de outubro de 2011

VOCÊ É UM VENCEDOR, ACREDITE!

Vivemos em um mundo onde estamos intrinsecamente inter-relacionados com outras pessoas, de modo que nos complementamos e não podemos viver desvinculados. Todos temos objetivos, por mais altos que sejam, nunca, jamais devemos desistir, pois há sempre possibilidades de alcançá-los. Ainda que venhamos a encontrar obstáculos no caminho, jamais devemos parar, jamais devemos desacreditar, pois sempre há esperança e sempre brilhará uma luz adiante. Nessa caminhada, algumas vezes teremos que retroceder e recomeçar tudo novamente, mas não devemos desanimar por causa disso, uma batalha perdida não significa que perdemos a guerra. Todos têm os seus valores, todos são fundamentais e importantes no alcance de tais objetivos, objetivos esses não apenas individuais, mas também plurais, onde sempre alguém contará conosco e sempre teremos que contar com alguém, nada é feito sozinho, deve sempre a haver multiplicidade. A busca de nossos objetivos exigirá que lutas sejam travadas e nesse momento poderemos contar com o trabalho em equipe, se um perde todos perdem e quando se ganha todos comemoram juntos. Seja ousado, se antecipe as previsões, não tenha medo de inovar, acredite nos seus objetivos e der o seu melhor para que isso venha se tornar concreto. Você não será, mas já é um vencedor, acredite! “Mas sobre todas essas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37).

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Poema dramático com base no livro de Isaías

Não Somos tão diferentes de Judá

A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Vivemos em uma época de degradação moral, espiritual, política, social e cultural. Pessoas que não vivem nem seguem os princípios estabelecidos por Deus e nem se sequer se importam se estão ou não fazendo aquilo que agrada ao Senhor.
A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Vivemos afundados e engodados em nossos próprios dogmas e religiosidade que fazemos pouco caso da palavra profética que diz que é preciso voltar-se para o Senhor para que se tenha sucesso, para que vençamos, para que sejamos salvos.
A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Quantos hoje têm buscado alianças não com Javé, mas com “reis seculares”, quando andam de um lado para o outro em busca de um “homem de Deus” que supostamente pode curá-lo, restaurá-lo, prosperá-lo ou coisa desse tipo.
A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Vivemos uma época em que o homem é colocado como o centro do universo, ao qual, sente-se independente de Deus e auto-suficiente, pois estão de tal forma enraizados na lama dos seus pecados que não conseguem erguer-se e vislumbrar o grande livramento que Deus oferece.
A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Vivemos em uma época em que ainda há esperanças, que ainda há remanescentes, que ainda há possibilidades de redenção. Como o próprio Isaías expressa: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; Invocai-o enquanto está próximo” (Is. 55:6). Essas palavras continuam vivas para a nossa nação. A solução dos nossos problemas está em buscar e invocar o nome poderoso do Senhor.
A nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá. Precisamos de Isaías que denuncie às obras más da nossa nação, que preguem a justiça de Deus, que proclame a necessidade do povo voltar à santificação e ao compromisso fiel de servir ao Senhor. Isaías que não se dobrem perante os benefícios e manjares “reais” que este mundo oferece, mas, que mesmo se for preciso ser serrado ao meio em fidelidade ao que Deus manda anunciar, estão regozijados em sofrer tal sentença. Isaías que pregam a justiça social, que dá assistência as viúvas e que não desampara seus órfãos. Que Deus nos levante como esses Isaías que nossa nação precisa.
Nossa nação não difere em muitos aspectos da nação de Judá.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A graça redentora



Você já ouviu falar de Graça?

Não se precipite em responder, não estou falando da graça a sua vizinha, ou amiga de trabalho, ou até mesmo uma parenta próxima. A Graça pela qual me refiro é o (favor imerecido, dado por Deus liberadamente ao homem). Essa Graça é suficiente e poderosa para liberta o homem do seu pecado. Pergunto, se Ela é suficiente e o desejo maior de Deus é salvar o homem da sua iniquidade, porque, então, nos preocuparmos com o pecado?

“Porque o Salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).

Fica nítido, que o pecado oferece uma recompensa para aqueles que trabalham para ele. Essa recompensa ou salário, como o texto bíblico expõe é a morte. Morte física, espiritual e eterna. Física porque é conseqüência do primeiro pecado de Adão no jardim do Éden, Espiritual porque representa a separação que o pecado faz entre o homem e Deus e Eterna porque uma vez que morremos fisicamente numa condição de morte espiritual, então receberemos a recompensa final do pecado, que é a separação eterna com Deus.
Em contraste, o texto traz esperança para nossas vidas. “Mas”, note essa expressão usada no texto, essa conjunção adversativa é uma das mais importantes, pois ela relaciona pensamentos contrastantes, opositivos ou restritivos. Sendo assim, percebemos que há uma possibilidade de recompensa oposta a morte. Essa recompensa é o dom gratuito de Deus, é a vida eterna para todos aqueles que acreditarem em Cristo.
A vida eterna é um novo tipo de vida. O pecador o considera um favor imerecido, e só se encontra na pessoa de Jesus Cristo. É somente por Ele e Através dEle que se alcança essa eternidade.
É tão sério esse dom que Deus nos dá, que o nosso esforço humano e nossa auto-suficiência é inválida e inapropriada para nossa salvação. Minhas boas ações não me levam a vida eterna, minhas obras de caridade não me garantem a salvação. Mas, é bom lembrar e deixar bem claro, que o dom gratuito (salvação) que Deus te dá te leva a fazer as boas ações. Você não as pratica para ter a graça de Deus, mas as faz porque já possui a graça de Deus.
O texto diz, “dom gratuito de Deus”, se é gratuito, logo fica explícito que não podemos comprá-lo ou negociá-lo, porque foi dado por Deus, gratuitamente. Sendo assim, todos temos acesso a essa Graça maravilhosa da parte de Deus de maneira inteiramente grátis.
Sendo assim, gozemos então, dessa maravilha que nosso Criador nos concedeu. O que Ele espera de nós, é simplesmente uma renúncia de nossos próprios quereres e uma atitude de submissão e reconhecimento do seu Senhorio, Poder e Domínio.
Que a Graça poderosa de Deus possa alcançar sua vida nessa manhã. Deus abençoe a todos.
(Ildinho Lopes).

Trilhando os passos de Jesus


Trilhando os passos de Jesus

O Evangelho já não é tão vergonhoso assim para as pessoas, na era da pós-modernidade, virou modismo afirmar: “Eu sou cristão”; “Eu sou evangélico”; “Eu sou crente”; “Eu pertenço a igreja fulano de tal”... Mas qual o verdadeiro significado e caminho na afirmação: Eu sou discípulo de Jesus? Qual a virtude ou disposição que devo ter para seguir a Jesus? Que exigências o Senhor requer de cada um de nós para que sejamos verdadeiramente seus seguidores?

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Marcos 8:34).

Para sermos seguidores de Jesus, precisamos ter disposição para irmos até Ele. Ir após Jesus, é tracejar os seus passos, é está disposto a sofrer e se for preciso até mesmo morrer por Ele e pelo seu Evangelho. Jesus não prometeu um caminho apenas de facilidades, nem tão pouco enganou o homem com um mundo terreno cheio somente de promessas de vitórias financeiras, como muito se tem ouvido, através das campanhas intituladas como: “A restituição da prosperidade”, “Vitória Financeira”, “Recebendo o que é seu financeiramente”, “Prosperidade e libertação financeira”, e tantas outras campanhas que sufocam o genuíno e poderoso Evangelho de Cristo, satisfazendo apenas os desejos e egos dos homens, mas que estão matando-os espiritualmente. Segundo Willian Barclay: “Jesus não veio para tornar fácil a vida, e sim para tornar grandes os homens”.
Ser um verdadeiro discípulo de Jesus é muito mais que ser “próspero”, é algo que exige de cada um requisitos e atributos que somente um verdadeiro cristão está disposto a cumprir. Porque exige do homem a auto-negação, o humilhar-se, o reconhecer do senhorio e da dependência que o mesmo tem de Cristo Jesus.
Negar-se a si mesmo, é dizer não aos seus prazeres e vontades, quando esses não estão de conformidade com aquilo que Deus tem determinado para você; é seguir o exemplo de Jesus, que por um momento abriu mão da sua glória, negando-se a si mesmo, se humilhou até a morte e morte de cruz, para que através da sua vergonha, fossemos por Ele salvos do pecado e da morte; é o renunciar o nosso egoísmo, que muitas vezes tem impedido de vermos e seguirmos os passos de Jesus, por que estamos centralizados no mundinho que nós mesmos criamos, acomodados pelo conforto de nossas vidas. Negar-se a si mesmo, é compartilhar na vida do nosso semelhante à compaixão, a misericórdia, o amor, que Jesus nos ensinou; é abrir mão muitas vezes daquilo que me dá prazer e conforto, a fim de ver, o meu próximo feliz; é dizer sim a Jesus, sem nenhum medo ou receio, fazer aquilo que Paulo nos ensina em Gálatas 2:20 “Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim”, é confiar sua vida e se deixar ser conduzido e controlado plenamente por Jesus.
Seguir a Jesus exige o carregar a cruz. Que cruz é essa que necessitamos carregar? Será um artefato de madeira grande e pesada que Jesus exija que nós caminhemos com ela? Sem dúvida não é disso que o texto está dizendo, mas sim o compartilhar da vergonha da cruz. Por que a morte de cruz, na época de Jesus, era a pior punição aplicada pelos romanos. “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl. 3:13). Jesus se fez maldição por nós, Jesus se humilhou por nós, Jesus sofreu por nós, Jesus fez tudo por nós. E você o que tem feito por Ele?
O que mais preocupa, é saber que a maioria daqueles que se dizem ser “cristãos”, na verdade não tem coragem de assumir uma postura de um seguidor de Jesus em meio a uma sociedade corruptível e infiel dos tempos pós-modernos. Não estão dispostos a passar pela vergonha da cruz, não estão dispostos a pagar o preço, não estão dispostos a humilhar-se. Paulo disse: “Quando estou fraco, ai é que estou forte”, porque ele sabia que a sua fraqueza era transformada em força e fortaleza por Aquele que Nele habita, Jesus Cristo.
O seguidor de Jesus, que nega-se a si mesmo, que não se envergonha de carregar a sua cruz, verdadeiramente segui a Ele. “Portanto, não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer” (Romanos 1:16).
Como discípulos de Cristo, devemos também ser seus imitadores. Faça da sua vida, um espelho que reflete a imagem gloriosa de Cristo, e deixe que esse reflexo brilhe o Poder de Deus que há em ti na vida das pessoas que necessitam da graça do Senhor.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vida Cristã

VIVENDO CRISTO NO DIA-A-DIA

Para se chegar a uma vida cristã plena é necessárias muitíssimas coisas a fazer. É por isso, que o homem não se torna um cristão simplesmente pelo fato de dizer com palavras que aceita a Cristo como seu Senhor e Salvador.
Ao longo do tempo se percebe que é necessário passar por uma espécie de metamorfose, é justamente isso que Paulo nos ensina em Romanos capítulo 12:1:2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Essa transformação requer mudança total de vida, incluindo todos aspectos da vida humana.
Uma vida plenamente cristã deve resplandecer o caráter de Cristo. Para isso é necessário uma transformação espiritual que passa pela cruz de Cristo. O homem só é um cristão de fato, quando entende que Cristo foi crucificado em seu lugar, recebendo sobre si mesmo a condenação que pertencia a nós; a partir daí, ele entende que assim como Cristo foi crucificado, necessitamos também passar pelo mesmo processo, não pelos mesmos métodos, mas somos convidados a crucificarmos as nossas vidas, os nossos desejos e as nossas vontades, para cumprir aquilo que Deus quer de nós; então, Cristo por meio do Espírito Santo passa a habitar em nós, nos fortalecendo e nos transformando a cada dia a sua própria imagem.
O homem que é controlado pelo Espírito Santo, tem em si mesmo a vida cristã arraigada sobre si, pois ele compreende que Deus é o Senhor de tudo e que somos seus servos, a serviço do seu Reino e da glorificação do seu Santo Nome.
Quando nos tornamos cristãos (pequenos cristos, casa de Cristo), entregamos tudo que temos a ele e ao serviço da sua causa, é por isso, que nos tornamos bons mordomos de Deus e fazemos tudo para agradá-lo e para agradecer tamanha salvação que desenvolveu em nós. Fazemos tudo em nome do amor, esse dom supremo e profundo. O amor de Deus que habita em nós, nos constrange a entregarmos o nosso corpo, mente, influência, linguagem, tempo, dons e tudo mais que possuímos a Deus, nos tornando a cada dia seus servos. E não fazemos isso por obrigação ou medo, mas por que Ele nos amou primeiro e nos deu tudo o que temos e somos.
A verdadeira vida cristã nos impulsiona a buscarmos a santidade, para que sejamos Santo como Deus é Santo. É na pessoa de Cristo que obtemos o nosso exemplo maior, pois Ele é o princípio da santidade e nos ensinou que o cristianismo não é um evangelho de palavras ou filosofias, mas de vida e ações.
Não importa o sacrifício que teremos que fazer, quando somos transformados por Cristo, então, tudo que mais desejamos é estar com Ele, é buscarmos os interesses dEle, é fazermos a Vontade dEle, por isso, que negamos nossas vontades, deixamos o nosso egoísmo de lado, e buscamos nossa felicidade onde existe uma fonte que jamais seca e que jamais falta em nossas vidas, felicidade essa que transpassa épocas e lugares, por que é Eterna.
Cristo tem nos chamado para uma vida plena e abundante, todos quantos recebem a Ele e a Ele se submetem, passa por experiências profundas e marcantes. Todo o cuidado de Deus está sobre nós e em todas as coisas somos supridos pelas bênçãos espirituais do Senhor.
Hoje mais do que nunca, precisamos como Igreja do Senhor, sermos verdadeiros cristãos, vivendo uma vida cheia do poder de Deus. Mediante as circunstâncias em que o mundo se encontra somente verdadeiros cristãos, poderão testemunhar Cristo em meio a tanto engano e mentira.
Portanto, sejamos bons despenseiros de Jesus e resplandecemos como um espelho a imagem de Cristo, para que o mundo veja e se arrependa de seus maus caminhos e siga a Jesus como único capaz de curar e salvar suas feridas e vidas.

“Pregue a todo instante, se necessário for, use as palavras” (Agostinho).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Epístola de Paulo a II Timóteo

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
II Timóteo é uma das três cartas do apóstolo que faz parte, das chamadas cartas pastorais, chamadas assim por estarem estreitamente relacionadas, em sua estrutura, fraseologia e propósitos, que não podem ser encaradas como unidades separadas.
Na ocasião Paulo estava enfrentando a morte, naquele que seria o seu último encarceramento. Condenado como um seguidor de Jesus Cristo. Paulo sabia que logo seria executado, e por isso passa o bastão da liderança para seu filho amado Timóteo, lembrando-o que era verdadeiramente importante, e encorajando-o a fé.
Essa carta, fora também usada para combater modificações debilitantes e pervertidas, mostrando que existe uma verdade a ser promovida, e erros a serem corrigidos, e que o Senhor Jesus Cristo se acha no centro dessa verdade.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita porque era necessário que se designasse os últimos desejos e conselhos do apóstolo Paulo concernente ao Evangelho de Cristo. Então ele escreve para fazer Timóteo saber qual é a situação em que ele se encontra e para pedir-lhe que vá a Roma. Aproveita a ocasião para advertir contra falsos ensinos. Além disso, o apóstolo Paulo relembra os próprios sofrimentos e experimenta o conforto de ter combatido o bom combate da fé. Recomenda Timóteo a não se envergonhar do Evangelho de Cristo, mas proclamá-lo com integridade; tomar cuidado com as palavras vãs de falsos mestres que aparecerão; e a se manter perseverante, mesmo que deva sofrer junto com ele por causa do Evangelho de Cristo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Paulo escreve a carta consciente de que seu tempo de vida está quase no fim, “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado” (II Tm. 4:6). A tradição e interpretação dos textos bíblicos estão de acordo que Paulo está encarcerado e tem diante de si a expectativa de em breve ser executado.
Aqueles que negam a autoria Paulina de II Timóteo datam a escrita em algum espaço de tempo do século dois, porém, essa hipótese é pouco provável.
Sendo assim, a carta provavelmente foi escrita em meados da década de 60 do primeiro século. Se levar em consideração a declaração de Eusébio a cerca do martírio de Paulo por volta do ano 67, então temos uma data na qual podemos dizer que II Timóteo foi escrito nesse ano ou no ano anterior. A epístola de Clemente, escrita pouco antes de 200 d.C, declara que Paulo foi preso novamente, por volta do ano 67 d.C., na Macedônia, e foi enviado a Roma, onde escreveu a sua última Epístola, a de Segunda Timóteo, sendo executado como mártir na primavera de 68 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Paulo estava encarcerado pela última vez. Segundo estudiosos a prisão era Roma, para qual ele foi levado após ser preso. Não tinha as regalias da primeira prisão que ficou em domicilio, dessa vez estava em uma masmorra fria, aguardando a morte.
Sabe-se que essa prisão em Roma não era aquela relatada em Atos, uma vez, que Timóteo e Marcos estavam com ele quando escrevera aos Colossenses, geralmente se aceita que essas duas cartas foram escritas de Roma, em sua segunda prisão.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“a Timóteo, meu amado filho...” (II Tm. 1:2).
As evidências internas da carta e a maior parte dos historiadores, não deixam dúvida que II Timóteo fora direcionada por Paulo ao seu leal companheiro e fiel colaborador Timóteo. Esse ajudou o apóstolo Paulo constantemente em seu trabalho missionário. Desde o primeiro momento foi estabelecido um forte elo de intimidade entre os dois, nunca quebrado, de amizade e de confiança.
É perceptível observar, que ainda que essa carta tenha sido direcionada ao jovem Timóteo como crente individual, é muito provável que essa epístola, como também 1 Timóteo e Tito, tenha um desígnio instrutivo para qualquer crente que aspire à liderança na igreja, para que saibam quais as qualidades e os deveres que se esperam dele.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneje bem a palavra da verdade” (II Tm. 2:15).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo conclui a epístola com pedidos pessoais e informações. Nestas palavras finais, ele revela sua solidão e seu forte amor por seus irmãos e irmãs em Cristo.
Mesmo em meio a calamidade da morte, Paulo se mostra confiante, afirmando sua convicção na vida eterna. Depois disso, envia saudações de alguns cooperadores do Evangelho, pede que ele vá até Roma para que o veja e encerra a epístola com a benção apostólica.

Epístola de Paulo a Tito

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Tito e I Timóteo tratam de problemas idênticos. O evangelho foi anunciado pela, as comunidades foram iniciadas, vidas foram transformadas. Mas Paulo sabia que a igreja devia ser edificada em Cristo, não em qualquer outra pessoa. O apóstolo sabia que no final não estaria presente para edificar, encorajar, disciplinar e ensinar. Então treinou jovens pregadores para que assumissem a liderança de igrejas após sua partida. Paulo os exortou a centrarem suas vidas e sua pregação na Palavra de Deus, e a treinar outros para que o ministério tivesse continuidade.
Tito era um crente grego. Ensinado e disciplinado por Paulo, permaneceu diante dos líderes da Igreja em Jerusalém como um exemplo vivo do que Cristo estava fazendo entre os gentios. Foi um dos confiáveis companheiros de Paulo em suas viagens missionárias e um de seus amigos mais íntimos. Mais tarde tornou-se embaixador especial de Paulo e no final, o supervisor das Igrejas em Creta.
Nesta epístola Paulo exorta Tito a ser um bom exemplo de um crente maduro e a ensinar com coragem e convicção. Discute as responsabilidades gerais dos crentes na sociedade e lembra-o de evitar discussões que ocasionem divisões.
Como bom despenseiro de Cristo, Tito deverá fechar a boca de falsos mestres, ensinando, praticando e fazendo praticar a sã doutrina.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Esta epístola fora escrita de imediato para pedir a Tito que se encontra-se com Paulo em Nicópolis. Mais ainda, para encorajar Tito a cumprir a tarefa que o apóstolo deixou para ele realizar na ilha de Creta, também, para demonstrar a vontade salvadora de Deus e a salvação gratuita trazida por Cristo. Além do mais Tito, deve formar presbíteros que ensinem e vivam a sã doutrina.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Assim como I Timóteo, Tito foi escrita entre o primeiro e o segundo encarceramento de Paulo em Roma, portanto, fora escrita por volta de 64-65 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
O local também é semelhante a I Timóteo, e pela data em que fora escrita, acredita-se os estudiosos que o lugar de escrita é mesmo a Macedônia, a qual, Paulo visitou após ser solto da sua primeira prisão em Roma.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum...” (Tt. 1:4). Esta epístola foi direcionada a Tito, um grego convertido ao cristianismo através do ministério de Paulo, e que mais tarde tornou-se um fiel companheiro e discípulo do apóstolo, cooperando com o Evangelho de Cristo, tornando-se representante oficial de Paulo na ilha de Creta, e todos os crentes, em todos os lugares.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei instruí” (Tt. 1:5).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra dizendo que qualquer pessoa que seja deve ser advertida se estiver causando uma divisão que ameace a unidade da igreja. Uma pessoa que não admite ser corrigida deve ser excluída da comunhão.
Depois Paulo dá as suas últimas recomendações particulares acompanhada com saudações e, por fim, se despede com uma curta benção apostólica

Epístola de Paulo a I Timóteo

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Juntamente com a epístola a Tito, I e II Timóteo forma as chamadas epístolas pastorais. Timóteo foi discípulo e colaborador de Paulo, e é mencionado ou está sempre junto com o apóstolo quando este escreve suas epístolas.
No papel de um jovem ministro, Timóteo enfrentou todos os tipos de pressões, conflitos e desafios da igreja e da cultura que estava à sua volta. Para aconselhar e encorajar Timóteo, Paulo enviou essa epístola extremamente pessoal. Essa epístola confirma o relacionamento entre Paulo e Timóteo. Paulo inicia o seu conselho paternal, advertindo Timóteo a respeito dos falsos mestres e exortando-o a se apoiar em sua fé em Cristo. A seguir, Paulo examina a adoração pública, enfatizando da oração e da ordem nas reuniões da igreja.
Esta epístola contém muitas lições, principalmente no que concerne o relacionamento entre o líder e o seu discípulo.
Estamos longe de uma rígida organização jurídica, mas podemos dizer que temos aqui um verdadeiro ponto de partida para a reflexão teológica sobre o ministério na igreja.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita para aconselhar e encorajar o jovem ministro. Demonstra que Timóteo precisa desempenhar com firmeza e coragem a função ou o dom que recebeu de Cristo, exorta-o a tornar-se anunciador e defensor da verdade, a cuidar do crescimento organizacional da igreja e refutar os falsos mestres.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
I Timóteo foi escrita provavelmente entre o primeiro e segundo encarceramento de Paulo, ou seja, entre 61/62 e 67 d.C.
Alguns críticos defendem a teoria que essa epístola foi escrita por um autor desconhecido que, entre 30 e 50 anos depois da morte de Paulo, escreveu em nome do apóstolo, a fim de promover determinadas doutrinas, no entanto, não existe fundamento histórico para essa teoria, e a data provável da escrita é cerca de 64 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Essa epístola foi escrita provavelmente antes de seu último encarceramento em Roma. Por ter apelado a César, Paulo foi enviado como prisioneiro a Roma. A maioria dos estudiosos acredita que o apóstolo foi libertado em aproximadamente 62 d.C., e que o apóstolo deva ter viajado nos anos seguintes.
No seu tempo de liberdade ele visitou novamente muitas igrejas na Ásia e na Macedônia, de onde escreveu essa epístola.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“ a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé...” (I Tm. 1:2). Como é uma carta pessoal e as próprias evidencias internas da epístola deixa claro que ela foi escrita para o jovem ministro de Cristo Timóteo.
É evidente que ela é aplicada a todas as épocas e tempos e instrui convidando a defesa da fé todos os líderes cristãos.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm. 4:12).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra essa epístola dizendo que o núcleo fundamental da fé é o compromisso do cristão com Deus e principalmente o seguimento de Jesus Cristo. É neste seguimento que se manifesta totalmente o Deus vivo.
A igreja não deve ser apenas uma instituição profissionalmente organizada; deve ser organizada de forma que Cristo possa ser honrado e glorificado.
É preciso guardar a fé que foi depositada em Cristo Jesus, pois ela é primordial para a vitória do servo de Deus. Por fim, Paulo se despede de Timóteo desejando a graça de Deus sobre ele.

Epístola de Paulo a Filemom

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
De todas as epístolas de Paulo, esta a Filemom é a mais breve e pessoal, a única escrita inteiramente de seu próprio punho. Paulo estava na prisão. O fato de Onésimo voltar com Tíquico para Colossos faz supor que esta carta foi escrita na mesma data que a carta aos Colossenses. Filemom parece ser membro importante da igreja de Colossos, talvez o líder do grupo que se reúne em sua casa.
Cristo veio como o grande destruidor de barreiras, derrubando a divisória do pecado que nos separava de Deus e desfazendo as barreiras que nos afastavam uns dos outros. Sua morte e ressurreição abriram caminho para a vida eterna, a fim de conduzir todo aquele que crê para a família de Deus.
A verdade que transforma vidas forma o cenário para Filemom. É uma carta de recomendação em favo de Onésimo, um escravo que fugiu do seu patrão Filemom. Foi para Roma, onde conheceu o apóstolo Paulo, que estava na prisão, e acabou se convertendo ao cristianismo.
Então Paulo escreve a Filemom e lhe reapresenta Onésimo, explicando que o está enviando de volta, não apenas como um escravo, mas como um irmão. Com habilidade, Paulo pede que Filemom aceite e perdoe seu irmão.
Paulo demonstra que as relações dentro da igreja cristã devem ser fraternais, o apóstolo esvazia completamente o estatuto da escravidão e a desigualdade entre as classes. Em Cristo todos são irmãos, com os mesmo direitos e deveres. E só Cristo é o Senhor.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Paulo queria interceder a favor de Onésimo e pedir a Filemom que perdoasse o escravo fugitivo. Segundo a lei romana, o furto envolvia a pena capital. Paulo pediu a Filemom que acolhesse Onésimo de volta como irmão em Cristo e até mesmo se ofereceu para restituir o dinheiro furtado. A epístola é uma perfeita jóia de cortesia, tato, delicadeza e generosidade. O ponto culminante da epístola é o apelo que Paulo faz a Filemom para que este aceite Onésimo como se fosse ele mesmo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Data-se da mesma época que a epístola aos Colossenses, por volta de 60 d.C., na ocasião em que o apóstolo Paulo estava encarcerado em Roma e escreveu as cartas da prisão.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Há uma estreita ligação entre esta epístola e Colossenses. Onésimo devia acompanhar Tíquico até Colossos. Aqueles que enviam saudações nessa epístola as enviam também no final da epístola aos Colossenses. Igualmente, Timóteo é mencionado no versículo introdutório de cada uma das cartas. Deve estar claro, portanto, que Colossenses e Filemom foram escritas no mesmo local e pela mesma ocasião. Já foi concluído que Colossenses foi escrita de Roma, durante o seu encarceramento. Isto, portanto, vale também para Filemom, que fora escrita de Roma assim como Colossenses.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“Paulo prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador, e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro, e à igreja que está em tua casa:” (Fm. 1:1-2).
É uma epístola pessoal direcionada a Filemom, provavelmente um membro rico da igreja de Colossos, que mantinha a igreja em sua casa; e a todos os crentes em Cristo Jesus.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque bem pode ser que ele se tenha separado de ti por algum tempo, para que retivesses para sempre, não já como servo; antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor” (Fm. 1:15-16).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
O amor que Paulo tinha por Onésimo era genuíno. Ele encerra essa epístola demonstrando o seu amor e garantindo pessoalmente o pagamento por quaisquer bens roubados ou erros pelos quais Onésimo pudesse ser responsabilizado.
Depois ele demonstra o seu desejo de ver a todos, manda saudações de seus companheiros de prisão e cooperados no Evangelho, e encerra com a benção apostólica.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Epístola de Paulo aos Colossenses

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
A igreja de Colossos foi fundada na terceira viagem de Paulo, durante seus três anos em Éfeso, mas não pelo próprio Paulo, mas por Epafras. Arquipo também exerceu ministério frutífero. Filemom era membro ativo dessa igreja, como também Onésimo.
Colossenses é uma epístola de conexões. Escrevendo da prisão de Roma, Paulo combateu falsos ensinos que haviam se infiltrado na igreja de Colossos. O problema era o sincretismo religioso, combinar idéias de outras filosofias e religiões com a verdade cristã. A heresia resultante mais tarde se tornou conhecida como gnosticismo, enfatizando o conhecimento especial e negando a Cristo a condição de Deus e Salvador.
Para combater esse grave erro, Paulo enfatizou a divindade de Cristo e sua morte sacrifical na cruz pelos nossos pecados. Somente estando conectado com Cristo pela fé alguém pode ter a vida eterna. E somente por meio de uma conexão contínua com Ele alguém pode ter poder para viver. Paulo enfatiza também as conexões dos crentes uns com os outros como o corpo de Cristo no mundo.
Só a renovação em Cristo pode derrubar as barreiras entre os homens, dando origem a novas relações humanas, radicalmente diferentes daquelas que costumam existir na sociedade.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita para enfatizar a divindade e a plena suficiência de Cristo, em contraste com o vazio da filosofia humana. Nessa epístola Paulo ainda encontra outras razões para escrever: louvar a fé e o amor dos colossenses, reconhecer o furto dos trabalhos deles, e elogiar a firmeza deles na fé em Cristo. Além, de combater, a insidiosidade dos falsos ensinos, com medidas rigorosas.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Paulo estava na prisão em Roma quando escreveu essa epístola, o que nos cabe argumentar que a data mais provável e aceita é 59-61/62 d.C., pois se trata de uma das epístolas da prisão, como se é conhecidas (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom).

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Na ocasião, o apóstolo Paulo estava na prisão quando a epístola aos Colossenses foi escrita. Concluímos, já em outras epístolas que as epístolas da prisão foram todas escritas de Roma; Filipenses, na ocasião imediatamente antes do julgamento real e, as outras três, em algum momento mais cedo.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“aos santos e irmãos fiéis em Cristo que estão em Colossos...” (Cl. 1:2). Foi escrita a Igreja de Colossos, uma cidade na Ásia Menor, e a todos os crentes em todos os lugares.
VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade” (Cl.2:9,10).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo termina a epístola com comentários pessoais sobre as associações cristãs comuns dos irmãos naquela cidade, fornecendo uma lição viva das conexões do corpo de Cristo. Como costuma fazer no fim de suas epístolas, Paulo cita por nome várias pessoas e também fala das pessoas que estão com ele, depois se despede com uma saudação e encerra com a benção apostólica, marca do apóstolo Paulo.

Epístola de Paulo aos Filipenses

FILIPENSES


BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
A igreja de Filipos trata-se da primeira igreja que Paulo fundou na Europa, na segunda viagem missionária, por volta de 51 d.C. (At.16). Lídia e o carcereiro de Filipos estavam entre os convertidos. Lucas, o médico, autor de um dos evangelhos e de Atos dos Apóstolos, foi seu pastor durante os seis primeiros anos.
É possível que Filipos fosse a cidade natal de Lucas, onde praticava a medicina. Por certo, Lucas participou do aprimoramento do caráter da igreja de Filipos, a qual, pelo que sabemos, era uma das igrejas mais puras do Novo Testamento.
Essa epístola é a que mais representa a felicidade e alegria de Paulo. A igreja estabelecida naquela cidade da Macedônia havia sido um grande estímulo para Paulo. Os crentes filipenses haviam experimentado um relacionamento especial com ele. Portanto, Paulo enviou-lhes uma expressão pessoal de seu amor e afeto. Filipenses é também um livro sobre a alegria porque enfatiza a verdadeira alegria da vida cristã.
Durante sua vida, dedicada à obra de Cristo, Paulo havia enfrentado a extrema pobreza, a abundante riqueza e tudo o mais que pode acontecer entre uma e outra. Chegou até mesmo a escrever essa epístola tão cheia de alegria estando em um cárcere.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Foi escrita para agradecer aos Filipenses pela oferta que lhe haviam enviado; anunciar a visita de Timóteo a Filipos e explica a volta imprevista Epafrodito; advertir a igreja sobre a divisão causada pelo espírito de competição e egoísmo de alguns; prevenir a igreja contra os pregadores judaizantes, que põem a salvação na circuncisão e na observação da Lei; relembrar os cristãos de Filipos que a autenticidade do Evangelho, anunciado e vivido, está na cruz de Cristo.
O apóstolo Paulo mostra que a salvação só depende de Jesus Cristo. É Jesus que feito homem e morto em uma cruz, recebeu do Pai o poder de dar aos homens a salvação. Esta epístola, portanto, fornece o critério para que uma igreja cristã saiba reconhecer o verdadeiro Evangelho e quais são os pregadores autênticos.


DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Como já vimos na epístola de Paulo aos Efésios, Filipenses foi escrita no tempo em que Paulo esteve encarcerado em Roma, durante dois anos de prisão domiciliar, o que nos implica datar essa epístola entre os anos de 59-61/62 d.C.
LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Como já foi discutido anteriormente na epístola de Paulo aos Efésios, essa epístola juntamente com Efésios, Colossenses e Filemom, foram escritas de Roma, quando Paulo esteve aprisionado em domicilio.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“... A todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:” (Fp. 1:1). Os filipenses eram uma colônia romana. Isso quer dizer que eles eram cidadãos romanos e gozavam de todos os privilégios de cidadãos de Roma. A epístola é direcionada também aos líderes de Filipos e aos cristãos em geral.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor, outra vez digo: regozijai-vos!” (Fp. 4:4).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola agradecendo o amor e a contribuição dos filipenses, que tanto contribuíram para a obra do Evangelho. Paulo compara essa oferta como um sacrifício oferecido a Deus, sacrifício que Deus aceita e lhe agrada. Como é costumeiro, Paulo termina sua epístola mandando saudações e dando a benção apostólica.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Epístola de Paulo aos Efésios

EFÉSIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Em três corajosas viagens missionárias Paulo e seus companheiros fundaram assembléias locais em inúmeras cidades gentílicas. Uma das igrejas mais proeminentes foi a de Éfeso, fundada no ano de 53 d.C., na viagem de retorno de Paulo a Jerusalém. Mas o apóstolo visitou essa igreja um ano mais tarde, em sua terceira viagem missionária. E lá permaneceu durante três anos pregando e ensinando com grande eficiência.
Paulo escreveu essa epístola à igreja em Éfeso e a enviou por Tíquico. Ela não foi escrita para combater heresias ou enfrentar qualquer problema específico. Ao contrário, trata-se de uma carta de encorajamento na qual Paulo descreve a natureza e a estrutura da igreja, e desafia os crentes a agirem como representantes do corpo de Cristo na terra.


PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Paulo dedicou sua vida a ensinar os gentios que estes podiam ser cristãos sem se converter ao judaísmo. Essa doutrina desagradava os judeus em geral, que consideravam a lei mosaica obrigatória para todas as pessoas e tinham muito preconceito contra quaisquer gentios incircuncisos que ousassem chamar-se de discípulos do Messias dos judeus.
Embora Paulo ensinasse os cristãos gentios a permanecerem inabaláveis e irremovíveis como rochas na liberdade que tinham em Cristo, contudo, que não tivessem preconceitos contra os companheiros cristãos judeus, mas que os considerassem irmãos em Cristo.
Ele escreveu para ensinar a cerca da unidade, de que a igreja é uma só, com judeus e gentios unidos em Cristo Jesus. Fortalecer a fé cristã dos crentes de Éfeso e explicar a natureza e o propósito da igreja, o corpo de Cristo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Efésios é uma das quatro epístolas da prisão que Paulo escreveu durante o seu primeiro encarceramento em Roma no período de 59-61/62 d.C. Ele escreveu essa epístola, durante os dois anos quando esteve morando como prisioneiro em sua própria casa alugada.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Sabe-se que Efésios, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom são as epístolas da prisão, escritas todas de Roma, na ocasião do encarceramento do apóstolo Paulo.
Contudo, muitas teorias têm sido proposta para a localidade da escrita. Alguns estudiosos dizem que Paulo escreveu essas epístolas da cidade de Éfeso ou de Cesaréia, uma vez que, Paulo ficou preso em Cesaréia por dois anos e o termo pretório, poderia significar a guarda de Herodes (At. 23:35).
No entanto, a localidade mais aceita para a escrita de Efésios é Roma, onde Paulo estava preso em domicílio, sobre a vigilância da guarda romana, de onde, Paulo pode enviar Timóteo e Epafrodito.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Foi escrita para a igreja em Éfeso e aos crentes em Cristo em toda a parte. Essa expressão em Éfeso, que se referem ao local da residência de seus leitores originais, não se encontra nos manuscritos mais antigos, por isso, alguns vão identificar a igreja de Laodicéia como a possível destinatária da epístola.
No entanto, é mais provável que essa epístola tenha sido escrita como uma epístola circular, dirigida a diversas igrejas locais da Ásia Menor, nas vizinhanças gerais de Éfeso.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef. 4:4-6).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola recomendando que os cristãos estejam revestidos das armas espirituais de Deus, para combater firmemente as forças espirituais do mal, guerreando dia após dia contra o pecado. Ele informa que está enviando seu companheiro Tíquico, que daria mais noticias a respeito da situação do apóstolo, saúda a todos e encerra com a benção apostólica.

Epístola de Paulo aos Gálatas

GÁLATAS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Essa epístola representa nosso alvará para a liberdade cristã, por isso, que muitos a chamam como a carta magna cristã. Nesta tão profunda epístola, Paulo proclama a realidade de nossa liberdade em Cristo – livres da lei e do poder do pecado, a fim de, servimos ao Senhor, que é vivo e presente.
Grande parte dos primeiros convertidos e líderes da igreja primitiva era formado por judeus cristãos que proclamavam Jesus como Messias. Como judeus cristãos, lutavam contra uma dupla identidade, onde sua tradição judaica os obrigava a serem rígidos seguidores da lei, mas sua recém-encontrada fé em Cristo os convidava a celebrar uma santa liberdade.
Eles estavam curiosos por entender como gentios podiam fazer parte do Reino de Deus. Essa controvérsia dividia a igreja primitiva. Os judaizantes, uma facção de judeus extremistas dentro da igreja ensinava que os cristãos gentios eram obrigados a obedecer às leis e tradições judaicas, além de sua fé em Cristo.
Essa epístola é um escrito que refuta essas idéias judaizantes, levando os crentes a viverem o evangelho, puro, original e santo. A salvação é pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, e nada mais.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Após algum tempo que Paulo partiu da Galácia, apareceram certos mestres judeus insistindo em que os gentios não podiam ser cristãos sem também observar a lei de Moisés. Os gálatas estavam aceitando a doutrina deles com a mesma sinceridade com que originalmente aceitaram a mensagem do Evangelho por meio de Paulo.
Quando Paulo fica sabendo desses acontecimentos, escreve essa epístola para lhes explicar que a circuncisão, embora tivesse sido parte necessária da vida nacional dos judeus, não fazia parte do evangelho de Cristo e absolutamente não dizia respeito à salvação. Explicou que todos são justificados pela fé em Cristo Jesus.
Paulo ainda escreve para combater a perversão do evangelho e para restaurar estes cristãos gálatas à liberdade espiritual, que uma vez desfrutaram em Jesus Cristo. Paulo defende o seu apostolado e autoridade de proclamar o evangelho da graça e da fé, demonstrando a superioridade do único e verdadeiro evangelho sobre as perversões legalistas dos mestres do erro.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Para se fixar uma data mais precisa para a escrita de Gálatas deve se considerados considerar a identificação das igrejas como sendo ou da Galácia do Norte ou da Galácia do Sul, esse ponto é fundamental para se chegar a uma data considerável da epístola aos Gálatas.
Se aceitar a teoria da Galácia do Norte, ou seja, o norte da Ásia Menor, então a data da escrita da epístola aos Gálatas seria extremamente difícil, pois não há praticamente nenhum indício, no livro de Atos, que nos permita acompanhar nesse livro histórico as atividades do apóstolo Paulo nessa região citada. Contudo, se essa teoria está com a razão, então o ano de 52 d.C. seria uma data razoável para a escrita da epístola. Mas outros estudiosos ainda atribuem a data da epístola a 57 ou 58 d.C.
Se aceitar a teoria da Galácia do Sul, como razoável a escrita da epístola, então, uma data mais antiga é possível, ocorrendo por volta de 49-50 d.C, logo pós o Concílio de Jerusalém. Essa é a teoria mais aceita, pois possui uma maior extensão do comércio daquela época.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Como vimos na data, se a teoria do Norte está com a razão, então a localidade mais provável de onde Paulo escreveu essa epístola foi a cidade de Éfeso, onde permaneceu por três anos.
No entanto, como se aceita como mais provável a teoria do Sul, então o lugar de origem da escrita de Paulo aos Gálatas poderia ser Antioquia da Síria, lugar para o qual Paulo retornou, depois de sua primeira viagem missionária.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
A epístola foi escrita aos cristãos da Galácia (Gl. 1:2), esses cristão pertenciam às igrejas do Sul da Galácia fundadas na primeira viagem missionária de Paulo (incluindo Icônio, Listra e Derbe) e os cristãos de toda parte.
Esta carta não foi direcionada a nenhum grupo restrito de crentes; ela provavelmente circulou por diversas igrejas da Galácia.


VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl. 5:1).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola encerra com os últimos conselhos de Paulo que mais uma vez afirma que a circuncisão não tem nada a ver com a salvação, pois o que salva mesmo é a fé em Jesus Cristo e esse crucificado em favor de todos. Ele se despede com palavras duras, não porque não ame os gálatas, mas exatamente porque ele quer que a paz e a misericórdia de Deus estejam sempre com eles. Por fim, Paulo termina a carta com um adeus carinhoso, e decretando a benção apostólica sobre eles.

Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios

II CORÍNTIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Paulo lutou constantemente contra aqueles que enganam o povo de Deus e entregou sua vida a divulgação das Boas Novas nas partes mais distantes do mundo. Durante suas viagens missionárias, entre outras, ele proclamou o genuíno e eficaz Evangelho, pregando Cristo e esse Crucificado e Ressuscitado dentre os mortos, as pessoas se convertiam e, assim, as igrejas eram uma a uma estabelecida.
Porém, os novos convertidos eram pressas fáceis para os falsos mestres e falsos ensinos. Esses eram uma ameaça constante para os novos crentes, para o Evangelho e para a igreja primitiva. Por isso, Paulo teve que despender muito tempo advertindo e corrigindo estes novos cristãos.
A igreja de Corinto era frágil, cercada de idolatrias e de imoralidade de todos os gêneros, seus membros enfrentavam uma luta constante que envolvia a fé e o estilo de vida cristã. Ele então escreve defendendo o seu apostolado, pois sabia que os crentes de Corinto haviam recebido as suas palavras anteriormente e que estavam começando a amadurecer na fé.
Paulo afirma que é necessário submeter-se a verdade da Palavra de Deus e se preparar com todas as ferramentas para combater e rejeitar os falsos ensinos.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Foi escrita pelo que parece, principalmente para vindicação do apostolado de Paulo, bem como lembrar que o tendo ele mesmo como fundador dessa igreja, ele possuía algum direito de emitir seu parecer sobre o modo de ela ser dirigida.
Outros motivos eram a refutação dos falsos ensinos disseminados em meio à igreja; mostrar o sentido da verdadeira espiritualidade; sua alegria pelo crescimento espiritual dos crentes de Corinto expressando total reconciliação entre eles; a coleta para a igreja de Jerusalém; e ainda uma repreensão contra os insubordinados e desobedientes.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Na sua terceira viagem missionária, Paulo passou três anos em Éfeso (54-57 d.C.). Na primavera de 55 d.C., enquanto ainda estava em Éfeso, Paulo escreveu I Coríntios. Pouco depois, houve grande tumulto entre os populares e Paulo quase perde a vida.
Partindo de Éfeso, Paulo entra na Macedônia a caminho de Corinto. Enquanto se encontra na Macedônia, no verão e outono de 55 d.C., Paulo visitou igrejas na região de Filipos e de Tessalônica, em meio a muitas lutas e sofrimentos. Depois de esperar durante um longo período de tempo por noticias de Corinto, Paulo encontrou-se com Tito, que viera de Corinto com o relato que sua epístola surtira um bom resultado. Com base nessas informações, podemos inferir com segurança que a segunda epístola aos Coríntios não pode ter sido escrita antes do fim de 54 d.C.
II Coríntios, segundo estudiosos é uma fusão de mais de uma epístola, onde a primeira parte dessa epístola fora escrita no fim de 54 d.C. ou início de 55 d.C., depois que Paulo partira de Éfeso, quando estava na Macedônia, onde encontrou-se com Tito; e a outra parte da epístola fora escrita algum tempo mais tarde, se transformado assim, em uma única epístola.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Quando Paulo partiu de Éfeso, passou por Trôade, chegando até a Macedônia. Enquanto permaneceu na Macedônia, Paulo visitou muitas igrejas na região de Filipos e de Tessalônica. Depois de esperar por um longo período de tempo respostas acerca de Corinto, se encontrou com Tito que lhes trouxe informações dessa igreja, onde alguns líderes dessa igreja ainda negavam ser Paulo genuíno apóstolo de Cristo. Foi então que Paulo escreveu essa carta e enviou por meio de Tito.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Paulo identifica os seus leitores como “à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia” (II Co. 1:1)
Como já vimos em I Coríntios, essa igreja era composta de muitos povos, judeus convertidos ao cristianismo, pagãos e gentios. Pois a cidade de Corinto era um grande centro comercial, que abrigava e recebia pessoas de diversas nacionalidades e crenças.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (II Co. 5:14-15,20).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo termina a segunda epístola aos Coríntios, demonstrando o desejo que tem de ver esses crentes maduros na fé e bem fundamentados no Evangelho de Cristo, como verdadeiros irmãos em Cristo Jesus. É preciso retirar do meio do povo cristão, toda inveja, ira, porfia, mexericos, e tantas outras coisas que são prejudiciais ao corpo de Cristo.
No final, Paulo recomenda que eles busquem a cada momento a perfeição de em Cristo Jesus e os saúda, se despedindo com a famosa benção apostólica, que inclui a Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios

I CORÍNTIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Os seguidores de Cristo são novas criaturas em sua pessoa, nascidas de Deus e interiormente transformadas, com valores e estilos de vida que confrontam o mundo e colidem com a moral normalmente aceita pelos não-crentes.
Os cristãos de Corinto lutavam contra o meio em que viviam. Cercados pela corrupção moral, sexual e por todos os pecados concebíveis, sentiam a pressão para se adaptar. Sabiam que eram livres em Cristo. A fé dos cristãos estava sendo provada no recipiente da imoral Corinto, e alguns deles estavam falhando na prova.
Paulo ouviu falar das lutas de Corinto e escreveu esta epístola para tratar dos problemas daquela igreja, sanar divisões e responder às perguntas dos crentes coríntios. Ele enfatizou a mensagem clara e simples do evangelho em torno do qual todos os crentes deveriam se reunir, explicou o papel dos líderes da igreja e os exortou a crescerem em sua fé.
Nessa epístola Paulo confronta os irmãos de Corinto com os pecados e negligencias deles. Ele alerta todos os cristãos para serem cuidadosos, não se misturarem com o mundo e aceitarem seus valores e estilos de vida. É preciso viver centrado em Cristo, inculpáveis, vivendo no amor que faz diferença.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Na presente epístola, Paulo responde a diversos questionamentos levantados, como: as divisões entre os membros da igreja, a imoralidade, os litígios judiciais de uns contra os outros e práticas impróprias na ceia do Senhor. Trata também de falsos ensinos a respeito da ressurreição do corpo e encoraja a igreja de Corinto a fazer donativos para o sustento dos crentes judeus pobres de Jerusalém.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
O período em que Paulo permaneceu em Corinto, em contraste com suas visitas a outras regiões e localidades, pode ser determinado com grande precisão. Em Atos 18:2, relata a chegada de Priscila e Áquila em Corinto, o que acontecera por volta de 49 d.C.
Provavelmente Paulo chegou até Corinto na primavera de 50 d.C., tendo partido dali no outono de 51 d.C. Em conseqüência disso, pelo menos sabemos que a primeira epístola aos Coríntios foi escrita algum tempo depois disso.
Quanto à data da escrita, não se é difícil determinar, pois se é pouco questionado, e as fontes históricas que se possuí facilita aceitar a data que é mais contundente a realidade da epístola. É de consenso da maior parte de pesquisadores e estudiosos, que Paulo tenha escrito essa epístola por volta do inicio de 55 d.C, na ocasião da sua estadia em Éfeso, que já perdurava por volta de dois anos e meios, algo que aconteceu pouco antes do Pentecoste.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Não se existem muitas dúvidas quanto à localidade da escrita de I Coríntios, pois as evidências internas da carta dão respostas quanto a isso, conforme nos mostra I Co. 16:7,8 “Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar com vocês algum tempo, se o Senhor permitir. Ficarei, porém, em Éfeso até o Pentecoste”.
Essa passagem deixa clara a localidade da escrita da epístola, não sendo necessário tentar procurar outros possíveis locais, pois o apóstolo Paulo já o identifica na epístola.
PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Paulo identifica os seus leitores como “santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (I Co. 1:2).
Essa igreja era composta de muitos povos, judeus convertidos ao cristianismo, pagãos e gentios. Pois a cidade de Corinto era um grande centro comercial, que abrigava e recebia pessoas de diversas nacionalidades e crenças.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais inteiramente unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (I Co. 1:10).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola termina com algumas questões pessoais. Primeiro Paulo fala acerca da coleta a favor dos crentes pobres de Jerusalém; o primeiro dia da semana é estabelecido para a adoração cristã; depois Paulo faz diversas recomendações pessoais, entre elas a possibilidade de Timóteo ir até eles, ao qual, deverá ser bem recebido, pois é um cooperador na obra do Senhor; por fim, a epístola traz várias saudações dos irmãos em Cristo e do próprio apóstolo Paulo, encerrando-se como de prática, com a benção apostólica.

Segunda Epístola de Paulo aos Tessalonicenses

II TESSALONICENSES

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Paulo havia escritos anteriormente com a finalidade de ajudá-los a crescer na fé, confortando-os e encorajando-os, afirmando a realidade da parousia de Cristo. Pouco tempo depois, Paulo recebe a notícia de que os Tessalônicos entenderam mal o ensino da parousia de Jesus. Seu anuncio de que Jesus poderia voltar a qualquer momento, fez com que muito se acomodassem, chegando a ponto de não quererem mais trabalhar, esperando por Cristo, e se justificando nos escritos do apóstolo.
Paulo então envia essa segunda epístola a essa jovem igreja. Nela, Paulo repassa instruções adicionais com respeito à segunda vinda de Jesus e do Dia do Senhor. Ela dá continuidade a primeira epístola e faz uma chamamento a uma vida de coragem contínua e a uma conduta coerente como testemunhas de Cristo.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Após a primeira carta ser enviada, Paulo continuou receber relatórios da situação de Tessalônica, onde, a parousia de Cristo continuava a ser um tema intensamente referido, do qual, alguns estavam abusando e expondo a pontos de vistas errôneos. Então Paulo, escreve a segunda epístola para explicar diretamente as áreas problemáticas da parousia, para encorajar os de coração fraco e repreender os ociosos, tornando claro alguns aspectos da segunda vinda do Senhor.
Paulo ainda tem outros motivos para ter escrito essa epístola, sendo alguns deles: para felicitá-los por seu crescimento espiritual; para consolá-los em suas perseguições; e para corrigir a conduta desordenada em meio à igreja.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
A primeira epístola foi escrita no fim de 50 d.C. ou inicio de 51 d.C., pelas evidências internas da epístola, conclui-se que a segunda Tessalonicenses foi escrita logo depois, quando Paulo estava em Corinto, com Silas e Timóteo.
Sendo assim, a maioria dos estudiosos estão de acordo que a segunda epístola de Paulo aos Tessalonicenses fora escrita poucos meses depois da primeira, datando-a em meados ou final de 51 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Quando Timóteo e Silas se encontraram com Paulo, em Corinto, a primeira epístola foi escrita com base no relatório que Timóteo trouxera, a fim de encorajar a igreja e dar algumas instruções desses problemas. Pouco tempo depois, chegaram a Paulo relatórios, de fontes não identificadas, acerca da igreja. Assim, ele escreveu uma segunda epístola, o que automaticamente leva a entender e aceitar que ele ainda se encontrava em Corinto quando escrevera II Tessalonicenses.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Assim como a primeira epístola aos Tessalonicenses, essa epístola foi escrita para os tessalônicos, que eram a maioria, ou todos, eles não-judeus, isto é, pagãos. Eles deixaram os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Por isso, também foram perseguidos pelos seus patrícios.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Ora, o Senhor encaminhe o vosso coração no amor de Deus e na paciência de Cristo. Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu. Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós, nem de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (II Ts. 3:5-8)

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola aconselhando os irmãos a não se misturarem com aqueles que não querem largar a ociosidade, contudo tratando cada vida com amor e vendo-os como irmãos. Após esse pedido, Paulo faz uma oração pelos tessalônicos, os saúdam e se despede ministrando como de costume em suas cartas, a benção apostólica.

Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses

I TESSALONICENSES

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Essa epístola é provavelmente a mais antiga das epístolas de Paulo ainda existentes, enviada com o intuito de encorajar o crescimento cristão dos novos convertidos da igreja de Tessalônica e de dirimir dúvidas levantadas, principalmente a respeito da Parousia de Cristo, ou seja, a Segunda Vinda do Senhor.
Paulo fundou essa igreja na segunda viagem missionária. Apesar do pouco tempo que esteve com os irmãos tessalônicos, provocou grande comoção ali. Pouco tempo depois teve que fugir devido perseguição, correndo o risco de perder todo o seu trabalho desenvolvido ali, diante das inúmeras propostas que essa cidade oferece.
Paulo mesmo distante demonstra o amor que tem sobre aqueles irmãos, preocupados com a fé deles, envia diversos conselhos que irão fortalecer a vida cristã daqueles novos convertidos e firmá-los no fundamento perfeito que é Jesus Cristo. Entre esses conselhos, Paulo afirma que eles precisam olhar ativamente para Cristo e depositarem a sua confiança no Senhor que novamente ressurgirá para entregar de uma vez por toda a vitória aos seus seguidores.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
É possível encontrar várias razões para a escrita dessa carta, pois ela está rica de ensinamentos valiosos para a vida do cristão. No entanto, destacaremos as motivações principais do apóstolo Paulo a escrever essa carta.
Ele escreve para regozijar-se com seus amigos, por causa de seu amor por ele e a firmeza deles na fé; para exortar os cristãos tessalônicos a continuarem firmes e a crescerem num modo de vida que agrade a Deus, buscando a santificação; para defender o seu apostolado e caráter; e para esclarecer qualquer compreensão errada acerca da Segunda Vinda de Cristo, mostrando para eles que aqueles que estão vivos na parousia de Cristo não terão nenhuma vantagem sobre aqueles que morreram em Cristo Jesus.
Esses são os motivos principais, pelos quais, o apóstolo Paulo escreve essa epístola.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
As informações internas da epístola nos trazem uma idéia de qual período se trata a epístola. Paulo havia fundado essa igreja na sua segunda viagem missionária, por volta de 50 a 51 d.C., não passando muito tempo ali. O grupo evangelizador dirigiu-se para a Beréia, e dali partiu para Atenas. Paulo enviou Timóteo de volta a Tessalônica, enquanto ele mesmo queria ter feito isso, mais foi impedido de retornar.
Devido às muitas dúvidas surgidas em meio a esse grupo de pessoas que haviam aceitado a Cristo, Paulo então decide enviar diversos ensinamentos. Relacionando à permanência de Paulo na cidade de Corinto (At. 18:12) podemos obter uma data relativamente segura para essa questão, a única data diretamente firmada pela arqueologia para os acontecimentos do livro de Atos. Sendo assim, pode-se datar essa epístola em cerca do fim de 50 d.C. ou começo de 51 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Depois que Paulo deixou Tessalônica (At. 17:10), se dirigiu para a Beréia e depois partiu sozinho até Atenas (At. 17:15). Chegando Timóteo até Atenas, Paulo o enviou imediatamente de volta até Tessalônica, enquanto ele mesmo queria ir ter com os irmãos, mas fora impedido de retornar. A menção de Paulo à Acaia, em (I Ts. 1:7), indica que ele se encontrava naquela região quando escreveu essa epístola, isto é, achava-se em Corinto, uma das principais cidades da região. Quando Timóteo lhe foi encontrar na cidade de Corinto, trouxe um relatório da situação que a igreja Tessalônica se encontrava, o que motivou Paulo a escrever a epístola daquele lugar.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Essa epístola foi escrita para os tessalonicenses, eram a maioria, ou todos, eles não-judeus, isto é, pagãos. Eles deixaram os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro (1:9). Por isso, também foram perseguidos pelos seus patrícios.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (I Ts. 4:16-18).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola termina com o apóstolo pedindo oração pela sua vida, mostrando que Paulo sentia necessidade das orações de seus amigos e irmãos em Cristo Jesus. Depois propõe que os irmãos se saúdem com ósculo santo, o beijo era uma forma aceita de saudação afetuosa em várias áreas da vida antiga. Era uma marca da união em Cristo.
Paulo ainda recomenda por meio de uma súplica solene, que todos leiam a epístola, e que todos os santos em Cristo Jesus a leiam. Essa ênfase que ele dá de que todos devem ler, pode indicar que ele esteja pensando em uma reunião com todos os membros da igreja.
A carta é encerrada, como de costume paulino, com a benção apostólica, levando os leitores para o coração do evangelho de Paulo, à Pessoa de Jesus Cristo como Senhor e a fonte do amor divino.